[Poemas Daqui e de Acolá - edição de 06.9.10] - Madalena Férin, Portugal




do oceano trouxe o mito e as tempestades
marés e vento ondinas e sereias
do oceano trouxe a intensa escuridão
da Atlântida diluída em minhas veias

do oceano trouxe garças e procelas
do poeta herdo a angústia que me acorda
do oceano trouxe o ritmo que regressa
sempre ao cais de onde parto a toda a hora



Madalena Férin [ 1929 - 3 de setembro de 2010 * ]







Biobibliografia
copiada do site do Instituto Açoriano de Cultura

Maria Madalena Velho Arruda Monteiro da Câmara Pereira Férin nasceu em 1929 em Vila Franca do Campo, Ilha de São Miguel. Mas foi criada em Vila do Porto, Ilha de Santa Maria, terra de sua família (é neta do historiador Manuel Monteiro Velho Arruda e do poeta Armando Monteiro) onde viveu até 1958. De 1965 a 1975, residiu em Faro, onde concluíu estudos secundários. Licenciou-se posteriormente em Filosofia e passou a viver em Lisboa, onde é técnica superior do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. Está representada em diversas antologias poéticas. Traduziu vários volumes da Colecção "Nosso Mundo" e compilou textos em inglês para Culture and Civilization in Portugal (Universidade de Santa Bárbara, Califórnia). É autora de romances, contos (designadamente para crianças) ensaios e poesia, tendo recebido o Prémio Antero de Quental (Poesia) do Concurso Literário dos Açores/1990.
Publicou para além dos seguintes livros de poesia - Poemas, Lisboa, 1957; Meia Noite no Mar, Lisboa, 1984; A Cidade Vegetal, Angra do Heroísmo, 1987 e O Anjo Fálico, Angra do Heroísmo, 1987, - os romances O Número dos Vivos, Angra do Heroísmo, 1990 e Bem-Vindos ao Caos, Angra do Heroísmo, 1996.

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* O Presidente do Governo dos Açores manifestou esta tarde o seu pesar pelo falecimento de Madalena Férin, sublinhando a grande perda para as Letras açorianas que representa o desaparecimento da poetisa e escritora:
“Participante activa na luta desenvolvida nos Açores pela democracia em Portugal, Madalena Férin foi, com a sua obra literária de quase vinte títulos e as suas atitudes de firmeza, uma lutadora pelos ideais que o 25 de Abril tornou realidade, granjeando, por isso, a admiração de quantos tiveram o privilégio de a conhecer”, acrescentou Carlos César.
“Foi uma inesperada e muito triste notícia, esta do falecimento, em Lisboa, de Madalena Férin, a cuja família dirijo as minhas condolências”, disse.

Em http://noticias-acores.blogspot.com/2010/09/carlos-cesar-manifesta-pesar-pelo.html






sonia regina, osvaldo pastorelli e jean-pierre barakat editores  




poemas daqui e de acolá [06.09.10]
edição e arte digital : sonia regina [soreg]

imagem: F. Monteiro




 


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